O deputado federal Gustavo Gayer (PL), afirmou que uma possível aliança entre o PL e o grupo do vice-governador Daniel Vilela nas eleições de 2026 não está descartada. Segundo ele, embora o tema não esteja sendo tratado formalmente no partido em Goiás, qualquer movimento desse tipo dependerá exclusivamente da orientação do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Se o nosso presidente falar que tem que ser de um determinado jeito, é assim que vai ser”, afirmou ao jornalista Domingos Ketelbey, editor do Blog do DK, em entrevista ao Mais Goiás Entrevista.

Gayer que é pré-candidato a Senador da República, destacou que sua relação com Bolsonaro é marcada por gratidão e lealdade política. Ele disse que só chegou ao Congresso com apoio direto do ex-presidente e que seguirá a posição definida pelo núcleo nacional do PL, comandado por Bolsonaro, pelo senador Flávio Bolsonaro e pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto. “Por mais que eu goste ou não goste, é o jeito que vai seguir”, declarou.

O parlamentar também citou articulações de outros estados como exemplo de acordos improváveis que já ocorreram em nome de objetivos estratégicos. Ele mencionou o Ceará, onde o bolsonarismo apoiou uma composição local que resultou na eleição ao Senado do pai do deputado André Fernandes, apesar de resistências internas. “Tudo é possível na política. Já vimos isso acontecer”, afirmou.

Apesar da abertura ao debate, Gayer disse que, por ora, o PL concentra esforços na pré-candidatura do senador Wilder Morais ao governo de Goiás. Segundo ele, o partido espera que Bolsonaro analise pesquisas no início de 2026 para então tomar decisões definitivas sobre alianças estaduais. “A palavra final virá do Bolsonaro”, concluiu.