Discussão entre Clécio Alves e o líder do governo, Talles Barreto, levou à suspensão da reunião e adiou a votação
12 de dezembro de 2025 às 09:59
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Política
O pedido do prefeito Sandro Mabel (União Brasil) para renovar a situação de calamidade pública na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia foi engolido, nesta quinta-feira (11), por um bate-boca que expôs o clima de tensão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Goiás. A reunião precisou ser suspensa após uma troca de agressões verbais entre o deputado Clécio Alves (Republicanos) e o líder do governo, Talles Barreto (União Brasil).
O confronto começou quando Barreto tentou acelerar a votação da matéria ainda nesta quinta-feira (11), ignorando pedidos de diligências ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Clécio reagiu, elevou o tom e os dois passaram a trocar acusações diante dos demais integrantes do colegiado. O clima saiu do controle e parlamentares precisaram intervir para evitar que a discussão avançasse além das palavras.
Com a retomada dos trabalhos, a CCJ optou por esfriar os ânimos antes de avançar no mérito do pedido. Houve entendimento de que as ofensas pessoais não foram dirigidas ao conjunto dos deputados, e Barreto manteve o pedido de vistas, o que suspende a tramitação da proposta até a próxima terça-feira (16).
O episódio forçou um acordo político. Base e oposição decidiram levar o impasse ao presidente da Alego, Bruno Peixoto (União Brasil), e analisar os requerimentos do deputado Antônio Gomide (PT), que defende ouvir a Procuradoria de Contas do TCM e a Secretaria Municipal da Fazenda antes de qualquer decisão sobre a renovação da calamidade na saúde.

Domingos Ketelbey
É repórter, colunista e apresentador. Conecta os bastidores do poder, cultura e cotidiano na cobertura jornalística
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