Sucena Hummel promete chapa “com muitas mulheres” e diz que não quer apenas cumprir cota
Presidente do CRC-GO defendeu liderança feminina com respaldo e prometeu chapa forte para 2026
13 de agosto de 2025 às 01:29
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Política
Sucena Hummel subiu ao palco do PSD Mulher com a convicção de quem já sabe o que quer dizer e para quem quer dizer. Presidente do CRC-GO e recém-empossada à frente do núcleo feminino do partido em Goiânia, ela aproveitou o ato para deixar claro que não pretende ser apenas a “candidata da cota”. O evento de posse, realizado no auditório do Secovi-GO foi realizado nesta terça-feira (12).
O ato teve discursos protocolares, fotos de praxe e palavras de incentivo à participação feminina. Mas Sucena também lançou propostas audaciosas. “Nós vamos trabalhar, não para cumprir cotas de gênero, não. Nós vamos trabalhar para que possamos ter mulheres na política, ocupando cargos de liderança com respeito e com respaldo”, afirmou, como quem traça uma linha no chão para se diferenciar do discurso identitário puro.
A fala soou como recado interno. Ao lado de Isaura Cardoso, presidente estadual e dona da chave do PSD Mulher, Sucena escolheu marcar território com a promessa de montar, em 2026, uma chapa “com muitas mulheres” e um “pleito de muito sucesso”. Não é só sobre participar: é sobre comandar a construção da nominata.
O “vestida de PSD” que repetiu ao microfone foi mais do que metáfora de entusiasmo. Foi sinal de alinhamento estratégico, ainda que a costura das alianças siga em aberto.
No tom conciliador que lhe é característico, agradeceu também aos homens presentes e ressaltou que a política precisa deles para avançar. O gesto destoa de discursos mais combativos no campo feminista e aponta para uma estratégia de ampliar apoios sem fechar portas. Entre elogios a Vanderlan Cardoso, seu padrinho político, e a promessa de ouvir e dialogar com todas as regiões, Sucena construiu um discurso com destino certo: a eleição de 2026.
Domingos Ketelbey
É repórter, colunista e apresentador. Conecta os bastidores do poder, cultura e cotidiano na cobertura jornalística
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