Mãe de Pedrinho* compareceu nesta sexta (5) ao Hugol (Foto: Reprodução)

Mãe de Pedrinho* compareceu nesta sexta (5) ao Hugol (Foto: Reprodução)

Mãe de Pedrinho* compareceu nesta sexta (5) ao Hugol (Foto: Reprodução)

Mãe de Pedrinho* compareceu nesta sexta (5) ao Hugol (Foto: Reprodução)

Pais dizem que hospital impediu visitas a bebê; Hugol nega e caso segue na Justiça

Mãe afirma que não conseguiu visitar o filho internado; Hugol contesta a versão.

5 de setembro de 2025 às 18:33

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Especial

Familiares do bebê de 1 ano e 8 meses que viveu por quase um ano na UTI cardiopediátrica do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) alegaram, na manhã desta sexta-feira (5), que eram impedidos de visitar a criança durante o período de internação. A acusação foi feita durante a transferência do menino para um abrigo, determinada pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).

A mãe do bebê, a dona de casa G.L.A.S., de 23 anos, afirmou que nunca deixou de procurar o filho, mas que não conseguia passar da recepção do hospital. “Todas as vezes, pegavam a gente na recepção e não deixavam subir [para ver o filho]. Soube por reportagem que ele não estava mais lá”, declarou.

Ela contou que contratou um advogado para tentar reaver a guarda e que pretende processar o hospital. “Nunca abandonei meu filho. Eles não deixavam a gente entrar”, disse. A família mora em Campestre de Goiás, no interior do estado.

Clinicamente estável desde maio, o bebê permaneceu no Hugol até esta sexta-feira, quando equipes do Conselho Tutelar e de um abrigo realizaram a retirada. A decisão judicial prevê acolhimento institucional da criança, em ambiente adequado às suas necessidades de saúde e com convívio social apropriado para a idade.

Versão do hospital

Procurado, o Hugol negou as acusações de impedimento. Em nota, a unidade informou que o bebê recebeu alta médica no dia 5 de setembro, em estado estável, consciente e respirando espontaneamente. O hospital destacou que, durante todo o período de internação, a criança foi acompanhada por equipe multiprofissional e que todos os cuidados seguiram “rigorosamente os protocolos assistenciais da unidade, que asseguram cuidado, segurança e acolhimento aos pacientes”.

Ainda segundo o comunicado, por se tratar de um caso envolvendo menor de idade, o processo corre em segredo de Justiça. O hospital acrescentou que todas as tentativas de contato e mediação com a família foram devidamente registradas e encaminhadas às autoridades competentes.

*O nome foi alterado para preservar a identidade da criança

Domingos Ketelbey

É repórter, colunista e apresentador. Conecta os bastidores do poder, cultura e cotidiano na cobertura jornalística

Ana Paula Belini

É repórter com vasta experiência em cobertura políticas, documentários e no jornalismo audiovisual.

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