Caiado lança obras de pavimentação da GO-178 e GO-180 em Jataí
Ifag assumiu execução das rodovias com recursos do Fundeinfra e início em tempo recorde
8 de setembro de 2025 às 17:48
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Política
O governador Ronaldo Caiado (UB) foi a Jataí no último sábado (6) para lançar a pavimentação simultânea de dois trechos aguardados há décadas: a GO-178 e a GO-180. Ao lado do vice Daniel Vilela e das principais lideranças do agronegócio, o evento aconteceu no entroncamento da BR-364 com a GO-178, ponto simbólico do isolamento que produtores rurais e prefeitos da região esperam superar.
O modelo apresentado como novidade mistura a gestão pública com a iniciativa privada. Por meio de um termo de cooperação entre o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária em Goiás (Ifag) e o governo estadual, as obras começaram em ritmo incomum para os padrões do setor público. Máquinas e operários já ocupam os canteiros menos de 70 dias após a assinatura do acordo, enquanto licitações tradicionais costumam demorar anos.
Caiado aproveitou o palco em Jataí para reforçar sua imagem de gestor eficiente, que não teme experimentar caminhos novos. O governador repete que Goiás tem pressa e fez da inauguração um gesto político: asfalto e discurso lado a lado. No pacote estão 38,8 quilômetros da GO-178, ligando a BR-364 à GO-306, e 32,8 quilômetros da GO-180, incluindo uma ponte sobre o Ribeirão Ponte de Pedra. Os investimentos somam quase R$ 240 milhões, bancados pelo Fundeinfra, fundo alimentado pelo próprio setor produtivo.
A parceria também deu protagonismo à Faeg, presidida por José Mário Schreiner, que não deixou dúvidas sobre a narrativa a ser construída. “É um reembolso ao produtor, na forma de asfalto”, resumiu. Na prática, a obra virou moeda política tanto para o governador quanto para a cúpula do agro.
O presidente do Ifag, Armando Rollemberg, exaltou a ousadia e a coragem de Caiado em bancar um modelo inédito. O entusiasmo tem explicação: o Ifag assumiu papel de executor ágil das obras, em contraste com a morosidade da máquina pública. “Pelos meios tradicionais, isso levaria no mínimo três anos. Não era possível continuar assim”, afirmou.
Domingos Ketelbey
É repórter, colunista e apresentador. Conecta os bastidores do poder, cultura e cotidiano na cobertura jornalística
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