À historiadores, Caiado diz que Praça Cívica viveu “verdadeiro colapso” e promoveu restauração do espaço

O governador Ronaldo Caiado (UB) recebeu, nesta sexta-feira (31), historiadores e representantes de instituições culturais de várias regiões do país no Palácio das Esmeraldas. O encontro marcou o encerramento do VIII Colóquio de Institutos Históricos Estaduais, promovido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que pela primeira vez realizou o evento fora do Rio de Janeiro e escolheu Goiânia como sede. Diante de um público acostumado a medir palavras e datas, Caiado fez um discurso voltado à memória e à política.

Disse que Goiás “cresce cada vez mais no setor cultural” e que sua gestão devolveu dignidade aos espaços históricos da capital. “Na nossa gestão, recriamos a Secretaria da Cultura e passamos a resgatar a credibilidade dos eventos culturais do Estado. Preservamos nossa história, com o maior conjunto arquitetônico de Art Déco da América Latina aqui na nossa capital”, afirmou.

O governador aproveitou o momento para citar as obras de revitalização da Praça Cívica, símbolo do urbanismo e do poder em Goiânia. “Essa praça estava vivendo um verdadeiro colapso, do ponto de vista da degradação dos prédios, totalmente deixados de lado. Como somos apaixonados por Goiás e também pela história do nosso estado, recuperamos todos eles para preservar essa beleza de Goiânia”, declarou, transformando o discurso de restauro em metáfora de governo.

A secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, reforçou a ênfase na reconstrução. Disse que o restauro dos prédios históricos “ficou por muito tempo esquecido” e que o atual governo tem atuado para resgatar a história arquitetônica de Goiás. “Temos uma preocupação muito grande com o nosso patrimônio material e imaterial”, afirmou.

O presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), Jales Mendonça, elogiou a recepção e o diálogo com o governo. “Todos estão muito felizes com a acolhida. Isso demonstra o respeito e a parceria entre as instituições”, afirmou.

Com o tema “Dom Pedro II e o Brasil: 200 anos”, o colóquio realizado na Casa Rosada de Goiânia reuniu representantes de institutos históricos de todo o país para debater o legado do imperador e o papel dos estados na preservação da memória nacional. Ao fim, o evento serviu para reafirmar uma máxima que Caiado parece conhecer bem: em política, cuidar da história também é uma forma de escrevê-la.