Trabalhadores fazem protesto em frente à Cifarma em Goiânia

Trabalhadores fazem protesto em frente à Cifarma em Goiânia (Foto: Divulgação)

Trabalhadores fazem protesto em frente à Cifarma em Goiânia

Trabalhadores fazem protesto em frente à Cifarma em Goiânia (Foto: Divulgação)

Trabalhadores fazem protesto em frente à Cifarma em Goiânia

Trabalhadores fazem protesto em frente à Cifarma em Goiânia (Foto: Divulgação)

Trabalhadores fazem protesto em frente à Cifarma em Goiânia

Trabalhadores fazem protesto em frente à Cifarma em Goiânia (Foto: Divulgação)

Trabalhadores da gigante farmacêutica cruzam os braços contra suposto calote 

Paralisação expõe impasse entre trabalhadores e direção da Cifarma em meio a condenação milionária na Justiça do Trabalho.

10 de setembro de 2025 às 09:22

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Política

A paciência dos funcionários da Cifarma chegou ao limite. Nesta quarta-feira (10), eles decidiram parar a produção da indústria farmacêutica em Goiânia para cobrar direitos que, na prática, têm sido ignorados pela empresa. A paralisação foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Química, Farmacêutica e de Material Plástico em Goiás (Sind.Q.F.P-GO) depois de uma lista de irregularidades que vai de calotes no FGTS a descontos indevidos em benefícios.

O presidente do sindicato, Francisley Martins, lembra que os problemas não são novidade. “A Cifarma tem um histórico de desrespeito com os trabalhadores. Recentemente, a Justiça do Trabalho condenou a empresa a pagar mais de R$ 3,4 milhões justamente porque não depositou o FGTS em 2021. Isso mostra que o problema é grave e vem de muito tempo.” A decisão, que corre na 18ª Região, inclui ainda honorários periciais de R$ 10,5 mil e abre espaço para futuras correções de valores.

Entre as reclamações, uma prática chama a atenção: o desconto no vale-alimentação quando o trabalhador apresenta atestado médico. Para o sindicato, além de ilegal, a medida é cruel. “O trabalhador não pode ser punido por ficar doente e apresentar atestado. Descontar o vale-alimentação nessas situações é desumano”, reforça Francisley.

Conflito de interesses

Outro ponto que trava as negociações é a própria mesa de diálogo. Os gestores da Cifarma também ocupam cargos no sindicato patronal, o que, segundo a entidade dos trabalhadores, emperra qualquer avanço na Convenção Coletiva de Trabalho.

A paralisação desta quarta é apresentada pelo Sind.Q.F.P-GO como um recado direto à direção da empresa. “Nosso papel é defender a categoria e não vamos recuar diante desse descaso”, avisa Francisley. A greve expõe um retrato de um setor estratégico da economia goiana em que medicamentos circulam com rapidez, mas os direitos dos trabalhadores continuam empacados na fila. O blog tenta contato com a Cifarma para um posicionamento. O espaço poderá ser atualizado.

Domingos Ketelbey

É repórter, colunista e apresentador. Conecta os bastidores do poder, cultura e cotidiano na cobertura jornalística

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