Saúde de Goiânia reduziu dívidas em 33%, afirma secretário
Secretário afirma que dívida de R$ 611 milhões foi reduzida em um terço
3 de outubro de 2025 às 09:58
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Política
Após um início tumultuado, marcado por crises herdadas da gestão anterior, o secretário de Saúde de Goiânia, Luiz Pellizer, faz um balanço do primeiro ciclo à frente da pasta. Em entrevista ao Blog Domingos Ketelbey, ele lembrou que assumiu em meio a estoques zerados de insumos básicos e a uma epidemia de dengue. Agora, afirma, o cenário começa a se reequilibrar, especialmente considerando a redução de dívidas que a Saúde da capital enfrenta.
De acordo com Pellizer, o primeiro ano foi de diagnóstico e ajustes emergenciais. A epidemia de dengue, que pressionou os serviços municipais, acabou sendo enfrentada com ações de limpeza urbana e reorganização do fluxo de atendimento. “Conseguimos planilhar, entender gargalos e enxergar nossas maiores fraquezas, que são estruturais, principalmente na infraestrutura física”, relatou.
O secretário projeta que 2026 será um ano de reformas e padronização na rede. A meta é investir em manutenção das unidades, modernização de lavanderias e fornecimento completo de enxoval hospitalar, além de implantar identidade visual padronizada. “Queremos devolver ao servidor a sensação de pertencimento e orgulho de trabalhar na SMS”, frisou.
Dívida em queda, mas ainda pesada
Outro desafio enfrentado pela gestão foi o passivo herdado com fornecedores. A secretaria recebeu a pasta com uma dívida de R$ 611 milhões. Até agora, foram pagos mais de R$ 200 milhões, o que representa uma redução de 33%. “Conseguimos avançar com muito empenho, sacrifício e, principalmente, pela compreensão de fornecedores que acreditaram na seriedade do prefeito em manter os pagamentos em dia”, explicou Pellizer.
Ele citou casos emblemáticos: a Danone ainda tem R$ 8 milhões pendentes, sendo metade de exercícios anteriores a 2024, e a Coopanest-GO, que aceitou abrir mão de parte do lucro e parcelar a dívida em 20 meses, possibilitando a retomada dos serviços. “Graças a essa renegociação, entre abril e junho realizamos mais de 6 mil cirurgias eletivas”, disse.
Apoio político e próximos passos
Pellizer reconheceu que parte da recuperação financeira da saúde também se deveu a articulações políticas. O secretário mencionou o trabalho dos senadores Vanderlan Cardoso e Jorge Kajuru, além de deputados federais, em Brasília, para ampliar repasses à capital. Destacou ainda o apoio do governador Ronaldo Caiado e do secretário estadual de Saúde, Dr. Rasível.
O planejamento da gestão, segundo ele, é dividido em fases. “O primeiro ano foi de diagnóstico. O segundo será de sedimentação e fortalecimento. O terceiro, de construção, e o quarto, de colheita. É nesse ciclo que esperamos entregar à população uma saúde digna e efetiva”, afirmou.

Domingos Ketelbey
É repórter, colunista e apresentador. Conecta os bastidores do poder, cultura e cotidiano na cobertura jornalística
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