Mais jovem da Câmara, Rizzo promete "respeito" a Mabel, sem alinhamento automático

Mais jovem a ocupar uma cadeira no legislativo goianiense, o advogado Rodrigo Rizzo (PSDB) tomou posse na manhã desta quarta-feira (1º) como vereador da capital. Aos 29 anos, ele já foi secretário de Regularização Fundiária da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e chega prometendo uma postura independente, sem “caixinhas” de ser base ou oposição ao prefeito Sandro Mabel (UB).

Rizzo assumiu o mandato no lugar de Tião Peixoto, licenciado por 120 dias. Antes dele, o primeiro suplente do PSDB, Michel Magul, já havia ocupado a cadeira por 30 dias. A movimentação revela mais uma troca de suplentes no plenário goianiense.

Em entrevista ao blog Domingos Ketelbey, o vereador destacou que pretende pautar seu trabalho em justiça social, regularização fundiária e fortalecimento das redes de voluntariado. Também apontou a necessidade de maior atenção do poder público a famílias em situação de vulnerabilidade, sobretudo diante do avanço da insegurança alimentar.

Ligado ao espiritismo e a trabalhos filantrópicos, Rizzo afirma que sua atuação política será marcada pela defesa da dignidade e por uma visão crítica às desigualdades de Goiânia. Sua promessa é votar de acordo com convicções pessoais, mantendo diálogo institucional, mas sem se alinhar cegamente ao Paço.

Três perguntas para Rodrigo Rizzo (PSDB):

Domingos Ketelbey: Como será sua relação com o prefeito Sandro Mabel? Será base ou oposição?

Rodrigo Rizzo: Domingos, em relação ao prefeito Sandro Mabel, é uma relação de respeito. Nesse momento, Câmara e Prefeitura precisam estar alinhadas para contribuir com Goiânia. Sobre ser base ou oposição, eu sou cético com essa divisão. Não voto por caixinha, voto pelas minhas convicções. Entendo, porém, que agora a cidade precisa de parceria. A minha posição é do lado de Goiânia.

O que pretende pautar durante o período que estiver no mandato?

Rodrigo Rizzo: Quero focar em habitação social e regularização fundiária. Também vejo no voluntariado um eixo central. Não só para atender quem está em situação de rua, mas para apoiar famílias em vulnerabilidade dentro de casa. A insegurança alimentar cresceu. E há um contingente enorme de voluntários que querem ajudar, mas falta apoio institucional. A Prefeitura precisa organizar, ampliar cadastros e criar condições para que esse movimento se fortaleça.

Qual será o foco do mandato?

Rodrigo Rizzo: O meu foco é justiça social. Sempre foi. É inadmissível que Goiânia conviva com desigualdades tão profundas em um mesmo território. Venho de uma família espírita, acostumada à caridade e à filantropia, e isso me deu sensibilidade para enxergar a realidade fora da bolha do Marista ou do Bueno. O que me move é a cidade real, dos bairros, das famílias. É isso que quero levar ao plenário.