Mabel ao lado do presidente da Comissão Mista, Cabo Senna (Foto: Divulgação)

Mabel ao lado do presidente da Comissão Mista, Cabo Senna (Foto: Divulgação)

Mabel ao lado do presidente da Comissão Mista, Cabo Senna (Foto: Divulgação)

Mabel ao lado do presidente da Comissão Mista, Cabo Senna (Foto: Divulgação)

Mabel pede desculpas a vereadores e atribui excessos ao “sangue italiano”

Prefeito também destacou avanços da gestão nas áreas fiscal, educação e infraestrutura

2 de outubro de 2025 às 16:28

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Política

O prefeito Sandro Mabel (União Brasil) pediu desculpas, por duas vezes, aos vereadores da Câmara de Goiânia durante a prestação de contas realizada nesta quinta-feira (2). O chefe do Executivo afirmou que eventuais ofensas foram “involuntárias”, ressaltou que discussões políticas não têm caráter pessoal e atribuiu seus excessos ao “sangue italiano”. Contudo, também gerou insatisfações dos parlamentares ao sair antes do fim da sessão.

“Quero dizer que, se em algum momento fiz referência que possa ter ofendido alguém, tenham certeza de que foi involuntário. Discussão política não tem nada de pessoal. Tenho grande respeito pela Câmara, pelos vereadores e vereadoras. A vida toda fui parlamentar e sempre defendi o Parlamento”, declarou.

Ao justificar o temperamento mais explosivo, Mabel recorreu à origem familiar. “Eu tenho um sangue italiano aqui dentro de mim, que faz ferver muito mais rápido. De vez em quando você me vê discutindo na rua, no campo de futebol, quando o Vila Nova ganha do Goiás. Isso faz parte do meu jeito, mas não tenho nenhum problema pessoal com ninguém”, disse.

Além do gesto político, a prestação de contas apresentou resultados da gestão. Segundo o prefeito, Goiânia registrou um superávit de quase R$ 700 milhões nos primeiros nove meses, após herdar uma dívida de cerca de R$ 5 bilhões. Entre os avanços destacados, estão a coleta de 20 mil toneladas de lixo, previsão de R$ 200 milhões em investimentos na educação, limpeza e manutenção de córregos e bueiros, além de ações emergenciais para evitar alagamentos no período chuvoso.

Mabel também justificou o índice de remanejamento orçamentário, que chegou a 48% neste ano. Segundo ele, o percentual foi necessário porque o orçamento de 2024 superestimava receitas em mais de 20%. “Trouxemos receita e despesa reais, porém a flexibilidade é fundamental, sempre com responsabilidade. Herdamos dívidas e estamos pagando as contas para garantir investimentos”, afirmou.

Ao mesmo tempo que conseguiu afagar os ânimos de alguns vereadores insatisfeitos, aumentou a tensão entre outros. Isso porque não ficou para a fase de questionamento dos parlamentares. Os vereadores Aava Santiago (PSDB), Lucas Vergílio (MDB) e Coronel Urzeda (PL), não gostaram nenhum pouco do ato do chefe do executivo. O liberal chegou a sugerir um requerimento que obrigasse o chefe do executivo permanecer na sessão até o seu fim.

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Domingos Ketelbey

É repórter, colunista e apresentador. Conecta os bastidores do poder, cultura e cotidiano na cobertura jornalística

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