A foto mostra muito lixo com sacolas da Prefeitura de Goiânia e da Comurg na porta da sede da Cãmara dos Vereadores de Goiânia

Taxa do lixo foi aprovada no fim do ano passado, no apagar da gestão Rogério Cruz (SD), com forte apoio de Sandro Mabel (UB) (Foto: Jucimar de Sousa)

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Taxa do lixo foi aprovada no fim do ano passado, no apagar da gestão Rogério Cruz (SD), com forte apoio de Sandro Mabel (UB) (Foto: Jucimar de Sousa)

A foto mostra muito lixo com sacolas da Prefeitura de Goiânia e da Comurg na porta da sede da Cãmara dos Vereadores de Goiânia

Taxa do lixo foi aprovada no fim do ano passado, no apagar da gestão Rogério Cruz (SD), com forte apoio de Sandro Mabel (UB) (Foto: Jucimar de Sousa)

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Taxa do lixo foi aprovada no fim do ano passado, no apagar da gestão Rogério Cruz (SD), com forte apoio de Sandro Mabel (UB) (Foto: Jucimar de Sousa)

CCJ impõe nova derrota a Mabel e aprova revogação integral da Taxa do Lixo em Goiânia

Taxa do Lixo sofre revés na Câmara em meio à crise da limpeza urbana

27 de agosto de 2025 às 18:49

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Política

A quarta-feira (27) foi de mais um revés para o prefeito Sandro Mabel (União Brasil). Mais um desde que a retomada dos trabalhos do legislativo recomeçaram neste segundo semestre. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal aprovou o projeto que revoga integralmente a Taxa de Limpeza Pública (TLP), conhecida como Taxa do Lixo. A decisão amplia o desgaste do Paço em meio ao avanço da CEI da LimpaGyn e mostra que a base governista já não se comporta de maneira tão disciplinada.

A proposta, apresentada por Lucas Vergílio (MDB), havia sido arquivada sob o argumento de renúncia de receita, mas voltou à tramitação após recurso ao Plenário. Ontem, entrou de surpresa na pauta da CCJ e passou com ampla maioria, registrando apenas o voto contrário da vereadora Rose Cruvinel (União Brasil).

Para Vergílio, a justificativa de perda de arrecadação não se sustenta. Ele lembrou que a cobrança da taxa começou apenas em julho deste ano e não aparece como fonte de receita no Orçamento de 2025. “Não há expectativa legítima de receita que possa ser renunciada, uma vez que a taxa sequer compõe as fontes previstas para a cobertura de despesas correntes”, diz o relatório aprovado.

O que parece detalhe técnico não deixa de ser também, uma disputa política. O prefeito tenta minimizar, mas cada passo da Câmara contra a TLP aumenta a pressão sobre sua gestão. Desde que a cobrança chegou às faturas, em julho, a taxa virou motivo de insatisfação popular. A revogação, se confirmada em plenário, representará mais que um desafio fiscal: será a segunda derrota política de peso em menos de quinze dias, depois da criação da CEI para investigar o contrato da limpeza urbana.

Mabel já deixou claro que enxerga na movimentação da Câmara uma tentativa de barganha por cargos e influência. Seus aliados, por outro lado, afirmam que precisam dar resposta às ruas, onde o lixo se acumula e a cobrança da taxa é cada vez mais criticada. O resultado é um jogo de pressões que ameaça deixar o prefeito isolado em pleno início de gestão.

Agora, o projeto segue para duas votações em plenário. O desfecho vai mostrar se a base ainda se recompõe ou se a Taxa do Lixo se tornará o símbolo do primeiro grande racha entre Executivo e Legislativo nesta gestão.

Domingos Ketelbey

É repórter, colunista e apresentador. Conecta os bastidores do poder, cultura e cotidiano na cobertura jornalística

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