O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), decidiu encerrar o ano com um gesto robusto para uma das categorias mais mobilizadas da administração municipal. Enviou à Câmara, nesta segunda-feira (24), um projeto de lei que autoriza o pagamento de um bônus especial de até R$ 10 mil aos servidores da Educação em dezembro. A justificativa oficial fala em “valorização” e “incentivo ao comprometimento”. Nos bastidores, a medida é lida como um aceno necessário após meses de turbulência administrativa e ruídos com setores estratégicos da máquina pública.

Segundo a proposta, o benefício será concedido apenas a quem estiver em efetivo exercício no órgão municipal de Educação. Os valores variam conforme a função e a carga horária: R$ 2,5 mil para servidores administrativos; R$ 5 mil para professores de 30 horas; R$ 6,6 mil para docentes de 40 horas; e o teto de R$ 10 mil para profissionais com jornada de 60 horas semanais.

Mabel atribuiu o pagamento à economia interna da própria pasta. Ele afirma que a Secretaria de Educação enxugou despesas com aluguéis, desocupou prédios e galpões e aprimorou a gestão dos gastos nas unidades. O prefeito fez questão de dar crédito à equipe escolar. “A Educação municipal tem bons diretores, bons professores e bons profissionais. O diretor é uma pessoa capacitada para fazer a gestão dos recursos da escola. Esse dinheiro estava sendo desperdiçado e hoje vem para o bolso dos servidores”, declarou.

A secretária municipal de Educação, Giselle Faria, tratou o bônus como um gesto simbólico da atual administração. “Parabéns a todos os servidores da rede que vão receber esse bônus. Esse bônus é a valorização do nosso prefeito Sandro Mabel com relação aos nossos servidores, que desempenharam um papel grandioso na Educação neste ano”, afirmou.

O projeto chega à Câmara em um momento em que o prefeito tenta reconstruir pontes e reorganizar sua base após um ínicio de mandato cheio de altos e baixos, especialmente após a troca de seu líder na Câmara, o vereador Igor Franco que hoje se coloca na oposição. A votação deve ocorrer nos próximos dias e tende a ser aprovada sem sobressaltos: poucos vereadores se arriscariam a aparecer contra um benefício direto a professores e servidores às portas do Natal.