Aliados de Caiado fazem defesa de Zé Mário na vice de Daniel

A cerimônia de assinatura do contrato para pavimentação da GO-147, entre Bela Vista de Goiás e Silvânia, reuniu produtores, prefeitos e lideranças políticas na sede da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), em Goiânia. O evento teve como foco o investimento de R$ 152 milhões do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra), mas acabou servindo também de palco para um gesto político: o deputado estadual Talles Barreto (UB), líder do governador Ronaldo Caiado (UB) na Assembleia Legislativa de Goiás, sugeriu publicamente o nome do presidente da Faeg, José Mário Schreiner, como possível vice de Daniel Vilela (MDB) em 2026.

“Quero pedir uma salva de palmas ao nosso próximo vice-governador, se Deus quiser, Zé Mário”, disse o deputado, arrancando aplausos da plateia. Barreto não estava isolado. Sua fala foi reforçada pelo presidente da Goinfra, Pedro Sales (UB). "Faço todos os votos para que Zé Mário seja o vice de Daniel", frisou.

Nos bastidores, o nome de José Mário já vinha sendo cogitado como opção para compor a chapa de Daniel, que deve assumir o comando do estado em abril do próximo ano, quando Caiado deve deixar o cargo para disputar as eleições presidenciais no Brasil de 2026. O gesto, foi um dos primeiros públicos vindos de um político próximo a Caiado, afinal Barreto lidera seu governo na Alego. 

Para aliados ouvidos pelo blog, atrelar o presidente da Faeg a Daniel pode ajudar a consolidar a ponte entre MDB e União Brasil e garantir apoio do setor agropecuário a um eventual governo Daniel. Vale lembrar que o setor do agronegócio é predominantemente bolsonarista e simpático ao nome do senador Wilder Morais, que preside o PL em Goiás. Nos bastidores, a leitura feita é que Zé Mário seria um contra-peso que equilibraria o jogo, favorecendo o emedebista.

Dias antes, em evento realizado em Jataí, Caiado já havia feito um gesto na mesma direção ao relembrar a criação do Fundeinfra. Diante de uma plateia de produtores, agradeceu publicamente a José Mário pela “coragem de assumir o consórcio que virou o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária em Goiás (Ifag)” e disse que só conseguiu colocá-lo de pé porque o dirigente esteve “ao seu lado na hora mais difícil”, quando o projeto enfrentava forte resistência.