O ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, à esquerda e o ex-senador e deputado federal Aécio Neves, à direita (Foto 1: Marconi Perillo/Divulgação Foto 2: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

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O ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, à esquerda e o ex-senador e deputado federal Aécio Neves, à direita (Foto 1: Marconi Perillo/Divulgação Foto 2: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

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Aécio Neves retorna à presidência do PSDB e Marconi foca em candidatura em Goiás, em meio à crise tucana

Aécio Neves retorna à presidência do PSDB e Marconi foca em candidatura em Goiás, em meio à crise tucana

PSDB muda de comando nesta semana e aposta em crescimento para 2026

23 de novembro de 2025 às 16:48

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Política

PSDB se prepara para uma importante mudança na próxima quinta-feira, quando o Diretório Nacional vai escolher quem comandará a sigla pelos próximos dois anos. A eleição será semipresencial, mas o resultado já circula pelos corredores de Brasília. Aécio Neves, aos 65 anos, está pronto para retomar a presidência tucana depois de ter deixado o posto em 2017. Marconi Perillo, que conduziu o partido desde 2023, entrega o cargo ao fim de um ciclo completo.

A volta de Aécio não surpreende ninguém. O que chama atenção é o estado em que o PSDB lhe devolve a chave da casa. A legenda perdeu musculatura, encolheu no Congresso e viu ruir a fusão com o Podemos, anulada em julho. A ambição para 2026 é inflada e soa mais como promessa de campanha: saltar de 13 deputados federais para 30. Viável? Talvez. Mas só com estratégia, disciplina e menos tropeços do que os últimos anos colecionaram.

Aécio conhece como poucos as crises do partido. Deixou a presidência desgastado em 2017, alvo de denúncias no auge da era Temer. Perdeu o mandato de senador em 2018, condenado no STF por corrupção passiva e obstrução de Justiça após a acusação de ter recebido R$ 2 milhões em propina de Joesley Batista, da JBS. Voltou pela porta lateral como deputado em 2019. Agora retorna ao comando embalado pelo discurso de reconstrução, um mantra repetido há mais de uma década nos bastidores tucanos. A reconstrução que se promete é a de sempre: um centro-direita modernizado, pragmático, disposto a disputar espaço na direita órfã de protagonismo.

Enquanto isso, em Goiás, Marconi prepara o movimento que realmente interessa ao seu grupo. Quer voltar ao Palácio das Esmeraldas. Uma pesquisa interna o coloca empatado com Daniel Vilela, vice-governador e nome escolhido por Ronaldo Caiado para a sucessão. Vilela tem a máquina, mais de 30 deputados estaduais e um secretariado afinado. Carrega, porém, o peso de nunca ter exercido cargo executivo e a desconfiança de parte do eleitorado que o considera jovem demais para comandar o estado.

Marconi, por sua vez, busca capitalizar a memória dos quatro mandatos, mas enfrenta o desgaste das acusações de corrupção ativa e passiva, ainda que sem condenações. Tem hoje apenas dois deputados estaduais ao seu redor, uma base que já foi muito mais robusta. A equação favorece Vilela, mas o presidente estadual do PSDB, Gustavo Sebba, fala como se o jogo estivesse decidido. Em entrevista ao Domingos Conversa, afirmou ser irreversível a candidatura de Marconi e comparou sua viabilidade à certeza do amanhecer do sol.

A posse da nova direção tucana está marcada para 30 de novembro. Aécio assume com Marconi já articulando sua rota de retorno a Goiás. O arranjo deixa evidente que a movimentação não se resume a uma troca administrativa. O PSDB se submete a um teste decisivo para saber se ainda tem capacidade de se equilibrar na corda bamba ou se vai continuar escorregando rumo à irrelevância.

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Domingos Ketelbey

É repórter, colunista e apresentador. Conecta os bastidores do poder, cultura e cotidiano na cobertura jornalística

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