Ônibus circula na região Metropolitana de Goiânia (Foto: Jucimar de Sousa)

Ônibus circula na região Metropolitana de Goiânia (Foto: Jucimar de Sousa)

Ônibus circula na região Metropolitana de Goiânia (Foto: Jucimar de Sousa)

Ônibus circula na região Metropolitana de Goiânia (Foto: Jucimar de Sousa)

Prefeitura diz que colocou contas do transporte coletivo em dia em Goiânia

Gestão Sandro Mabel diz ter quitado passivo de R$ 69 milhões

16 de setembro de 2025 às 20:41

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Política

A gestão do prefeito Sandro Mabel (UB) afirma ter quitado as dívidas herdadas do subsídio ao transporte coletivo e manter em dia os repasses que garantem a tarifa congelada em R$ 4,30 na Região Metropolitana de Goiânia (RMG). De acordo com informações da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), já foram pagos R$ 232,5 milhões em 2025, somando débitos antigos e valores do ano corrente.

Ao assumir a Prefeitura de Goiânia em janeiro, a equipe encontrou três meses de parcelas vencidas referentes a outubro, novembro e dezembro de 2024, que totalizavam R$ 69,4 milhões. Para resolver o problema sem comprometer o orçamento atual, a estratégia adotada, em acordo com a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), foi pagar o mês corrente e, paralelamente, quitar metade de um mês atrasado. A sistemática, segundo a gestão, permitiu zerar o passivo em seis meses.

Atualmente, a tarifa técnica do sistema é de R$ 12,51, definida em maio pela Agência Goiana de Regulação (AGR). É o custo real por viagem. Sem o subsídio público, esse seria o valor cobrado dos passageiros. Com os aportes de recursos, a tarifa ao usuário permanece em R$ 4,30, valor que não sofre reajuste desde 2019.

A divisão do custo, porém, segue desigual. A capital e o governo de Goiás bancam cada um 41,2% do total do subsídio, enquanto o restante é dividido entre os demais municípios da região. Os repasses da Prefeitura, segundo a Sefaz, seguem o fluxo de passar pelo Tesouro Municipal, pela Secretaria Municipal de Engenharia e Trânsito (SET) e então chegar à CMTC.

Mesmo com as dívidas quitadas, o sistema ainda depende da regularidade dos repasses e da disposição política de cada prefeitura da RMG. Um atraso em qualquer elo pode comprometer o congelamento tarifário. O blog apura que a maioria dos entes estão em débitos com o Paço Municipal. O caso mais extremo é o de Goianira que não pagou uma parcela sequer na divisão do subsídio.

Domingos Ketelbey

É repórter, colunista e apresentador. Conecta os bastidores do poder, cultura e cotidiano na cobertura jornalística

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